Se não bastassem as frequentes altas na conta de luz e de água, o consumidor tem enfrentado dificuldades para garantir carne vermelha na mesa brasileira. Isso porque o preço da carne bovina, muito comum no prato do brasileiro, disparou.
No acumulado de 2014, o alimento registrou alta de 22,21% e foi o item que exerceu maior impacto individual na inflação do ano, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com isso, em muitos casos, com o valor do quilo de alguns cortes, o consumidor pode garantir até três refeições ao substituir o produto por carnes brancas, como as de frango e de porco.
Em uma consulta realizada por A Tribuna On-line em três açougues da região, foi verificado que, em média, o quilo do coxão mole sai a R$ 24,50. Enquanto uma bandeja com 1 kg de frango resfriado sai por R$ 8,60. Em alguns supermercados, é possível encontrar o produto por R$ 5,00. Há ainda cortes como coxa e sobrecoxa, que podem ser comprados por R$ 8,00 o quilo.
Uma outra opção para quem deseja economizar na refeição é optar pela carne de porco. A bisteca, por exemplo, custa em média R$ 11,00 o kg. O alimento, segundo a nutricionista Elizabete Lourenço da Costa, da Universidade Católica de Santos (UniSantos), pode ser um aliado do consumidor durante a alta da carne bovina. “A única recomendação, nesse caso, é evitar o consumo excessivo de gordura. Após seu preparo, o ideal é remover toda a gordura da carne”, explica.
Ainda conforme Elizabete, apesar da carne de porco ter muitos nutrientes, a mesma regra não se aplica em produtos embutidos como salsicha e linguiça. “Neste caso, o consumidor pode até optar pelo ovo, que também é uma importante fonte de proteína. Os alimentos embutidos contém muitos aditivos e sódio, por isso são prejudiciais à saúde se consumidos em excesso”.
Apesar da paixão do brasileiro pela carne vermelha, a especialista lembra que a ingestão diária deste tipo de alimento não é essencial. “As outras carnes também são ricas em proteínas. Não há problema algum em deixar de comer carne vermelha nas refeições”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário