O deputado Lucílvio Girão (SD) declarou, ontem, da tribuna da Assembleia, ser "totalmente contra" a legalização da maconha. Ele afirmou que há estudos que comprovam que o uso da erva traz grandes prejuízos à saúde, podendo inclusive causar doenças como a esquizofrenia e a psicose. Questionou ainda a eficácia da legalização para coibir o tráfico em outros países, como nos Estados Unidos e Uruguai.
O parlamentar apontou que o estado americano Colorado legalizou o produto para fins medicinais em 2003, esperando que o tráfico fosse fragilizado. "Não foi verdade, porque, nas lojas autorizadas, o produto era vendido por 36 dólares e, no tráfico, as pessoas compravam a mesma quantidade a 10 dólares. Não acaba o tráfico", apontou.
Ponderando que não se deve desconsiderar as repercussões do uso das drogas no corpo humano, Renato Roseno (PSOL) afirmou que a maconha "já está liberada". "Inclusive com o estímulo do mercado ilegal. Está comprovado que a ilegalidade patrocina e estimula o uso". Para ele, as experiências vividas por outros países mostram que não há explosão de consumo.
Roseno destacou que o debate sobre a legalização da maconha deve ser feito sem o calor das emoções e com racionalidade. "Não queremos patrocinar o uso do álcool, nem do tabaco, nem de qualquer outra substância, mas a regulação pode, inclusive, diminuir o consumo". Ele citou que a legalidade da Marcha da Maconha foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "E eu estive lá", disse.
Fonte: Diário do Nordeste
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